Perante forte adesão à greve geral Governo tem de deixar cair pacote laboral

 

Os trabalhadores deram a resposta que a situação exige. O Executivo não tem alternativa a não ser abandonar o seu anteprojeto de legislação laboral.

O pacote laboral que o Governo quer impor aos trabalhadores significa precariedade mascarada de liberdade. Enfraquece os trabalhadores e, inversamente, dá todo o poder aos patrões – e por isso consideram-no bom.

Estamos perante um assalto aos direitos adquiridos que, a concretizar-se, vem fragilizar gravemente as relações laborais: torna mais barato o custo do trabalho, enfraquece o poder reivindicativo dos trabalhadores e dos seus sindicatos, desestabiliza a igualdade parental, enfraquece a contratação coletiva e desequilibra a legislação em favor do patronato.

Nunca nenhum governo, nos últimos 50 anos, foi tão longe.

A UGT, consciente do agravamento das relações laborais que está em causa, aceitou a deliberação dos seus sindicatos e decretou a Greve Geral – a resposta certa para tamanho desequilíbrio.

Os dados apontam para uma adesão superior aos 80% e a UGT não descarta a possibilidade de novas formas de luta, se essa for a deliberação dos seus sindicatos.

Os trabalhadores do setor financeiro, tradicionalmente muito relutantes em fazer greve, alteraram o seu comportamento quando se aperceberam de que as alterações às leis laborais iriam prejudicá-los gravemente.

E responderam positivamente, aderindo a esta paralisação.  Temos notícia de muitos balcões encerrados, outros abertos mas com supressão de serviços devido aos trabalhadores em greve e, ainda, muitos serviços bastante condicionados.

A Greve Geral não pode constituir o fim de linha. Antes constitui uma força de pressão para a mudança. A negociação continua a fazer todo o sentido, mantendo-se todas as portas abertas na defesa dos direitos dos trabalhadores. Esse é o objetivo final a alcançar.

12/12/25

 

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