Caixa Geral de Depósitos

Milhões de lucro tostões para os trabalhadores

 

A Caixa faz tábua rasa das recomendações do Primeiro-Ministro, ignora o despacho conjunto das Finanças e do Tesouro e nega aos trabalhadores o incremento salarial de 1% aplicável às empresas públicas do Setor Empresarial do Estado, nas quais está incluída. Os Sindicatos não aceitam.

 

MAIS, SBC e SBN reuniram-se com os representantes da CGD no dia 23 de maio, convictos de que o Banco público iria comunicar o processamento da atualização de mais 1% aos trabalhadores, em consonância com a decisão governamental. Mas pasme-se: a Caixa informou que não evoluiria na sua proposta e pretendia, sim, que os Sindicatos subscrevessem o acordo proposto.

Mais um passo neste longo processo, num Banco que trimestralmente anuncia milhões de lucros. Recorde-se:

Em março, na anterior reunião de negociação de revisão do AE da CGD, foi proposto aos Sindicatos:

– Na tabela salarial, um aumento de 76€ para todos os níveis;

– Nas cláusulas de expressão pecuniária, um aumento de 5% para a generalidade das rubricas, com exceção do subsídio de refeição diário (para 12,50€), subsídio de nascimento (900€), subsídio de trabalhador estudante (24,74€) e crédito à habitação (250.000€).

Os Sindicatos não aceitaram esta proposta, pois sempre defenderam que a CGD estava em posição de ir mais longe do que o Acordo de Concertação Social e está, também, em muito melhores condições para incrementar as atualizações já processadas, nomeadamente face aos lucros entretanto anunciados. Por isso, ainda bem que não o fizeram.

 

Desrespeito pela tutela

Porque, entretanto ….

O primeiro-ministro reconheceu em março que, face a uma inflação média anual efetiva de 7,8% em 2022, superior em 0,4 pontos à esperada pelo Executivo (7,4%), o Governo teria de proceder a uma atualização salarial adicional aos aumentos já atribuídos, facto pelo qual aprovou, em abril, o incremento de 1% relativamente aos 5,1% inicialmente previsto.

 

As Direções

25/05/23

Veja aqui o COMUNICADO